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06 fevereiro 2014

gina saraceni

El hijo no nacido reclama un lugar en la palabra,
una letra que ocupe el espacio de la falta.

No se puede dejar de ser madre
sin cargar el hijo que no fue
sin hacerlo vivir el instante que dura su cuerpo imaginado.

Que el poema diga el peso de su ausencia

la sangre más secreta

la que corre fuera de las venas,

la que no tiene herencia.


O filho não nascido reclama um lugar na palavra,
uma letra que ocupe o espaço da falta.

Não se consegue deixar de ser mãe
sem carregar o filho o filho que não foi
sem o fazer viver o instante que dura o seu corpo imaginado.

Que o poema diga o peso da sua ausência

o sangue mais secreto

o que corre fora das veias,

o que não tem herança.