Mostrar mensagens com a etiqueta andrea cabel. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta andrea cabel. Mostrar todas as mensagens

23 abril 2011

andrea cabel

el once

los padres no existen, son viejas armas de guerra, excusas falsas para evadir la sensación de estar solos. los aeropuertos repletos de gente, las ventanas abiertas gritando corrientes infinitas de aire. un estómago que corre y se sostiene apenas, grita y gime escondido en sí mismo. no te vayas nunca, no te vayas nunca. un estómago que araña su textura, su manía de latir hacia el cielo. la inmensa bóveda de soledad se abre en dos, en tres, no te vayas nunca, me quedo contigo, la cama se hace dos veces ella, no te vayas nunca once veces caminaré la misma vereda roja, roja de azúcar y distancia


o onze

os pais não existem, são velhas armas de guerra, falsas desculpas para nos evadirmos da sensação de estarmos sós. os aeroportos repletos de gente, as janelas abertas gritando correntes infinitas de ar. um estômago que corre e apenas se sustém, grita e geme escondido nele próprio. nunca te vás embora, nunca te vás embora. um estômago que arranha a sua textura, a sua mania de latir até ao céu. a imensa abóbada de solidão abre-se em duas, em três, nunca te vás embora, fico contigo, a cama faz-se ela duas vezes, nunca te vás embora onze vezes caminharei a mesma vereda vermelha, vermelha de açúcar e distância.